03/05/2008

Quando inteligência era crime

Para o médico italiano Cesare Lombroso, conceituado criminologista do século XIX, a mulher normal apresentaria algumas caracteristicas negativas que a aproximavam da criança, como um senso moral deficiente e a tendência exagerada à vingança e ao ciume. De maneira geral, esses defeitos seriam neutralizados pela maternidade, frieza sexual e inteligência menor. Mulheres dotadas de grande capacidade intelectual se revelariam as criminosas natas. Seriam incapazes da abnegação, paciência e altruismo que caracterizam a maternidade, função primordial que comandaria toda a organização biologica e psicologica da mulher.
Lombroso parecia insinuar que as moças honestas que procuravam acesso à instrução elevada poderiam incorrer em delito. "Tendo perdido ou quase a esperança de encontrar um ultimo recurso no casamento (pela habitual repugnância do homem vulgar pela mulher instruida), não lhe resta senão o suicidio, o delito ou a prostituição."

Revista Nossa Historia, Ano 1/n.3, Janeiro 2004

Um comentário:

(Paulo Granjo) disse...

Não eram só as mulheres.
Quem quiser saber mais sem ter que aturar a escrita do senhor, aproveire para (re)ler "A Tenda dos Milagres".

Tudo bem consigo?