31/03/2008
Kali
O mundo estava sendo brutalizado e destruido pela força dos Asuras (demônios), mesmo os deuses mais poderosos fugiram humilhados e vencidos. Decidiram assim suplicar a ajuda da filha do Himalaia, Durga, para que viesse salvar o mundo e os seres humanos.
No meio da batalha, Kali saiu da cabeça da deusa e lutou ferozmente contra os demônios até conseguir vencê-los.
Em uma de tantas leituras de sua representação, Kali é a deusa negra, sem nenhuma roupa, revestida de céu. Seus seios são cheios, abundantes, demonstrando a sua natureza materna e criadora. Os seus cabelos desfeitos representam o véu de ilusão que organiza a matéria. No pescoço porta um colar composto por caveiras humanas, cada uma representando uma letra do alfabeto sânscrito, a sabedoria milenar.
Os três olhos representam o passado, o presente e o futuro, seus dentes brancos a transparência da inteligência.
E representada com quatro mãos (às vezes seis, duas ou oito) em uma das mãos esquerdas carrega uma cabeça, a vitoria sobre as forças do egoismo, na outra mão uma espada, a destruição fisica. As duas mãos direitas representam, uma o gesto que vence o medo e e a outra nos guia à força espiritual.
O que têm de tão significativo o mito de Durga?
Não podendo vencer com sua imobilidade as forças do mal, os deuses decidiram chamar a representação feminina da força, da coragem e, se necessario, da crueldade.
Kali era a unica capaz de vencer o dualismo bem/mal, deuses/demônios, so a força movel feminina poderia vencer os demônios que ameaçavam destruir o equilibrio do mundo.
Riqueza e fama te pertencem,
é você quem decide da-las ou nega-las.
Mas esta minha dor é minha,
E quando te ofereço
você me recompensa com a graça.
Rabindranath Tagore
Fonte: Mookerjee Ajit, Kali - A deusa da força feminina
29/03/2008
27/03/2008
Conversas interessantes 4
- Bom dia, você trabalha aqui?
- Bom dia, trabalho sim, a senhora precisa de alguma coisa?
- Sim, queria uma informação, onde encontro os jardins suspensos?
- Os jardins suspensos da Babilônia?
- Sim, estes mesmos.
- Saindo do museu, logo a esquerda.
- Obrigada e bom dia.
- ?
Na verdade ela estava procurando pelo muro vegetal mas deve estar até agora procurando Os jardins suspensos da Babilônia, saindo do museu, do lado esquerdo, bem de frente ao rio Sena.
- Bom dia, trabalho sim, a senhora precisa de alguma coisa?
- Sim, queria uma informação, onde encontro os jardins suspensos?
- Os jardins suspensos da Babilônia?
- Sim, estes mesmos.
- Saindo do museu, logo a esquerda.
- Obrigada e bom dia.
- ?
Na verdade ela estava procurando pelo muro vegetal mas deve estar até agora procurando Os jardins suspensos da Babilônia, saindo do museu, do lado esquerdo, bem de frente ao rio Sena.
26/03/2008
23/03/2008
22/03/2008
18/03/2008
Nadie iba a pagarlos, pero ella menos que nadie, por supuesto. Recogia su cosecha entre las menores de edad que hacian mercado en su tienda, a las cuales iniciaba y exprimia hasta que pasaban a la vida peor de putas graduadas en el burdel historico de la Negra Eufemia. Nunca habia pagado una multa, porque su patio era la arcadia de la autoridad local, desde el gobernador hasta el ultimo camajan de alcaldia, y no era imaginable que a la dueña le faltaran poderes para delinquir a su antojo. De modo que sus escrupulos de ultima hora solo debian ser para sacar ventajas de sus favores: mas caros cuantos mas punibles.(...)
Gabriel Garcia Marquez, Memoria de mis putas tristes
Gabriel Garcia Marquez, Memoria de mis putas tristes
A impressão que tenho cada vez que pego um livro de Garcia Marquez nas mãos é que indiferente da pagina por onde decida começar, o banho de poesia literaria estara assegurado.
Eu vejo a América Latina com os olhos da mulher apaixonada. Reconheço cada um de seus defeitos, a corrupção e a violência endêmica que assolam a maioria dos paises, a miséria, o machismo, o analfabetismo, conheço todos esses problemas, ja os vi de muito perto, muito mais do que gostaria.
Apesar de tudo isso, a construção de quem sou vem de la, muito mais que brasileira eu sou latino americana.
E sou orgulhosa.
Como se sentir de outra maneira quando se vêm de um continente que nos deu Gabriel Garcia Marquez, Julio Cortazar, Benedetti, Gioconda Belli, Chico Buarque, Frida Khalo e Diego?
E la que Tina Modotti, a mais humana das fotografas fez seus mais lindos trabalhos. O Che, hoje icone pop, mas sempre o revolucionario que ousou pensar o homem novo e que acreditou que este homem viria para a nossa redenção.
O homem e a mulher de cada dia que lutam de forma incontestavel por um futuro digno e muitas vezes que lhes custa o sangue e so deixa a sombra da esperança.
Eu seria muito menos feliz se não tivesse lido os versos de Neruda, eu nem imagino que ser humano eu seria se não tivesse escutado Sui generis.
Passei muitas noites e dias de solidão nesta Europa tão ingrata, mas nunca me senti realmente so. Conversava com Galeano quando a injustiça me doia na alma, escutava Cartola quando o mal de amor ameaçava me empurrar para os caminhos tortuosos do sofrimento.
Aprendi a amar também outros mundos, outras literaturas, outros sons, mas nenhum da mesma forma insana e apaixonada como amo América Latina.
Te quiero
Tus manos son mi caricia,
mis acordes cotidianos;
te quiero porque tus manos
trabajan por la justicia.
mis acordes cotidianos;
te quiero porque tus manos
trabajan por la justicia.
Si te quiero es porque sos
mi amor, mi cómplice, y todo.
Y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.
mi amor, mi cómplice, y todo.
Y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.
Tus ojos son mi conjuro
contra la mala jornada;
te quiero por tu mirada
que mira y siembra futuro.
contra la mala jornada;
te quiero por tu mirada
que mira y siembra futuro.
Tu boca que es tuya y mía,
Tu boca no se equivoca;
te quiero por que tu boca
sabe gritar rebeldía.
Tu boca no se equivoca;
te quiero por que tu boca
sabe gritar rebeldía.
Si te quiero es porque sos
mi amor mi cómplice y todo.
Y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.
mi amor mi cómplice y todo.
Y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.
Y por tu rostro sincero.
Y tu paso vagabundo.
Y tu llanto por el mundo.
Porque sos pueblo te quiero.
Y tu paso vagabundo.
Y tu llanto por el mundo.
Porque sos pueblo te quiero.
Y porque amor no es aurora,
ni cándida moraleja,
y porque somos pareja
que sabe que no está sola.
ni cándida moraleja,
y porque somos pareja
que sabe que no está sola.
Te quiero en mi paraíso;
es decir, que en mi país
la gente vive feliz
aunque no tenga permiso.
es decir, que en mi país
la gente vive feliz
aunque no tenga permiso.
Si te quiero es por que sos
mi amor, mi cómplice y todo.
Y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.
mi amor, mi cómplice y todo.
Y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.
Mario Benedetti
17/03/2008
16/03/2008
Noticias de DC
Foto tirada da internet, desconheço o autor e se você sr. Fotógrafo, ver essa foto publicada aqui nesse blog reclame a autoria e nós imediatemente colocaremos os créditos. Obrigada.
No noite de quinta para sexta feira um incêndio destruiu completamente um edificio e uma igreja (que ficava atrás do edificio) aqui em Washington, DC.
A grande maioria dos moradores do edificio eram latinos e afro-americanos. A igreja, de noite servia de abrigo para os sem-tetos.
Falam-se de 600 a 800 desabrigados.
As chamas consumiram absolutamente tudo, muitos dos moradores tiveram que deixar seus apartamentos em pijamas (considerem que ainda é inverno por essas bandas).
Imediatamente a comunidade local, varias ongs, a Cruz Vermelha entre outras instituições começaram a arrecadar doações (roupa, comida, dinheiro, utensilios de casa, etc.) para ajudar os desabrigados.
O incêndio foi noticia em todos os meios de comunicação, mas a noticia que realmente “abalou” e continua nas primeiras páginas dos jornais é a da renuncia do prefeito de NY e sua “acompanhante” de 20 e tantos aninhos.
Mais uma vez a noticia escândalo se sobrepõe aos verdadeiros problemas sociais que vivem grupos considerados minorias num país onde a maioria prefere os detalhes picantes da vida sexual de seus representantes políticos.
A grande maioria dos moradores do edificio eram latinos e afro-americanos. A igreja, de noite servia de abrigo para os sem-tetos.
Falam-se de 600 a 800 desabrigados.
As chamas consumiram absolutamente tudo, muitos dos moradores tiveram que deixar seus apartamentos em pijamas (considerem que ainda é inverno por essas bandas).
Imediatamente a comunidade local, varias ongs, a Cruz Vermelha entre outras instituições começaram a arrecadar doações (roupa, comida, dinheiro, utensilios de casa, etc.) para ajudar os desabrigados.
O incêndio foi noticia em todos os meios de comunicação, mas a noticia que realmente “abalou” e continua nas primeiras páginas dos jornais é a da renuncia do prefeito de NY e sua “acompanhante” de 20 e tantos aninhos.
Mais uma vez a noticia escândalo se sobrepõe aos verdadeiros problemas sociais que vivem grupos considerados minorias num país onde a maioria prefere os detalhes picantes da vida sexual de seus representantes políticos.
15/03/2008
O Haka é uma dança ritual do povo Maori interpretada pela ocasião de cerimônias, de festas para dar as boas vindas ou antes de ir à guerra.
Ele se tornou célebre através do mundo graças à equipe Neo-Zelandeza de rugby, os ALL BLACKS. Os jogadores, em uniforme negro, interpretam tradicionalmente um Haka antes do começo de cada um de seus jogos, para tentar impressionar o adversario. A interpretação sistematica do Haka data de 1987, na primeira COPA DO MUNDO DE RUGBY.
Fonte: Wikipedia, é claro.
13/03/2008
10/03/2008
UMA SEMANA ASSIM PARA TODO MUNDO
Burrocracia
Tenho sérios traumas para resolver problemas que dependem de muita papelada. Em geral sempre me falta alguma coisa. Ou é um atestado que não existe, ou uma certidão com data de validade mais que passada ou é como na maioria das vezes as duas coisas.
Eu nunca tenho todos os papéis que me pedem, sempre passo o dia com o estômago dando voltas pois sei que terei que enfrentar um funcionario publico e se tem um bicho que me da medo não é cobra nem escorpião, é o funcionario publico e todas suas certezas imutaveis.
Fico fazendo pensamento positivo para encontrar diante de mim um doido que não olhe a data do documento escondidinho ali embaixo, que não me peça para voltar amanhã com uma segunda copia de tudo, mas eles são implacaveis, veêm tudo, não deixam passar nada.
Eu nunca tenho todos os papéis que me pedem, sempre passo o dia com o estômago dando voltas pois sei que terei que enfrentar um funcionario publico e se tem um bicho que me da medo não é cobra nem escorpião, é o funcionario publico e todas suas certezas imutaveis.
Fico fazendo pensamento positivo para encontrar diante de mim um doido que não olhe a data do documento escondidinho ali embaixo, que não me peça para voltar amanhã com uma segunda copia de tudo, mas eles são implacaveis, veêm tudo, não deixam passar nada.
08/03/2008
1979, Granada: Las comandantes
A la espalda, un abismo. Por delante y a los costados, el pueblo armado acometiendo. El cuartel La Polvora, en la ciudad de Granada, ultimo reducto de la dictadura, esta al caer.
Cuando el coronel se entera de la fuga de Somoza, manda callar las ametralladoras. Los sandinistas también dejan de disparar.
Al rato se abre el porton de hierro del cuartel y aparece el coronel agitando un trapo blanco.
_ !No disparen!
El coronel atraviesa la calle.
_Quiero hablar con el comandante.
Cae el pañuelo que cubre la cara:
_ La comandante soy yo _ dice Monica Baltodano, una de las mujeres sandinistas con mando de tropa.
_? Que qué?
Por boca del coronel, macho altivo, habla la institucion militar, vencida pero digna, hombria del pantalon, honor del uniforme.
_! Yo no me rindo ante una mujer! _ Ruge el coronel.
Y se rinde.
Eduardo Galeano, Mujeres
Cuando el coronel se entera de la fuga de Somoza, manda callar las ametralladoras. Los sandinistas también dejan de disparar.
Al rato se abre el porton de hierro del cuartel y aparece el coronel agitando un trapo blanco.
_ !No disparen!
El coronel atraviesa la calle.
_Quiero hablar con el comandante.
Cae el pañuelo que cubre la cara:
_ La comandante soy yo _ dice Monica Baltodano, una de las mujeres sandinistas con mando de tropa.
_? Que qué?
Por boca del coronel, macho altivo, habla la institucion militar, vencida pero digna, hombria del pantalon, honor del uniforme.
_! Yo no me rindo ante una mujer! _ Ruge el coronel.
Y se rinde.
Eduardo Galeano, Mujeres
Maria Padilla
Ella es Exu y también es una de sus mujeres, espejo y amante: Maria Padilha, la mas puta de las diablas con las que Exu gusta revolcarse en las hogueras.
No es dificil reconocerla cuando entra en algun cuerpo. Maria Padilha chilla, aulla, insulta y rie de muy mala manera, y al fin del trance exige bebidas caras y cigarrillos importados. Hay que darle trato de gran señora y rogarle mucho para que ella se digne ejercer su reconocida influencia ante los dioses y los diablos que mas mandan.
Maria Padilha no entra en cualquier cuerpo. Ella elige, para manifestarse en este mundo, a las mujeres que en los suburbios de Rio se ganan la vida entregandose por monedas. Asi, las despreciadas se vuelven dignas de devocion: la carne de alquiler sube al centro del altar. Brilla mas que todos los soles la basura de la noche.
Eduardo Galeano, Mujeres
No es dificil reconocerla cuando entra en algun cuerpo. Maria Padilha chilla, aulla, insulta y rie de muy mala manera, y al fin del trance exige bebidas caras y cigarrillos importados. Hay que darle trato de gran señora y rogarle mucho para que ella se digne ejercer su reconocida influencia ante los dioses y los diablos que mas mandan.
Maria Padilha no entra en cualquier cuerpo. Ella elige, para manifestarse en este mundo, a las mujeres que en los suburbios de Rio se ganan la vida entregandose por monedas. Asi, las despreciadas se vuelven dignas de devocion: la carne de alquiler sube al centro del altar. Brilla mas que todos los soles la basura de la noche.
Eduardo Galeano, Mujeres
1816, Tarabuco: Juana Azurduy
Instruida en catecismos, nacida para monja de convento en Chuquisaca, es teniente coronel de los ejércitos guerrilleros de la independencia.De sus cuatro hijos solo vive el que fue parido en plena batalla, entre truenos de caballos y cañones; y la cabeza del marido esta clavada en lo alto de una pica española.
Juana cabalga en las montañas, al frente de los hombres. Su chal celeste flamea a los vientos. Un puño estruja las riendas y el otro parte cuellos con la espada.
Todo lo que come se convierte en valentia. Los indios no la llaman Juana. La llaman Pachamama, la llaman Tierra.
Eduardo Galeano, Mujeres
Juana cabalga en las montañas, al frente de los hombres. Su chal celeste flamea a los vientos. Un puño estruja las riendas y el otro parte cuellos con la espada.
Todo lo que come se convierte en valentia. Los indios no la llaman Juana. La llaman Pachamama, la llaman Tierra.
Eduardo Galeano, Mujeres
1711, Paramaribo: Ellas llevan la vida en el pelo
Por mucho negro que crucifiquen o cuelguen de un gancho de hierro atravesado en las costillas, son incesantes las fugas desde las cuatrocientas plantaciones de la costa de Surinam. Selva adentro, un leon negro flamea en la bandera amarilla de los cimarrones. A falta de balas, las armas disparan piedritas o botones de hueso; pero la espesura impenetrable es la mejor aliada contra los colonos holandeses.
Antes de escapar, las esclavas roban granos de arroz y de maiz, pepitas de trigo, frijoles y semillas de calabazas. Sus enormes cabelleras hacen de granaderos. Cuando llegan a los refugios abiertos en la jungla, las mujeres sacuden sus cabezas y fecundan asi, la tierra libre.
Eduardo Galeano, Mujeres
Antes de escapar, las esclavas roban granos de arroz y de maiz, pepitas de trigo, frijoles y semillas de calabazas. Sus enormes cabelleras hacen de granaderos. Cuando llegan a los refugios abiertos en la jungla, las mujeres sacuden sus cabezas y fecundan asi, la tierra libre.
Eduardo Galeano, Mujeres
La autoridad
En épocas remotas, las mujeres se sentaban en la proa de la canoa y los hombres en la popa. Eran las mujeres quienes cazaban y pescaban. Ellas salian de las aldeas y volvian cuando podian o querian. Los hombres montaban las chozas, preparaban la comida, mantenian encendidas las fogatas contra el frio, cuidaban a los hijos y curtian las pieles de abrigo.
Asi era la vida entre los indios onas y los yaganes en la Tierra del Fuego, hasta que un dia los hombres mataron a todas las mujeres y se pusieron las mascaras que las mujeres habian inventado para darles terror.
Solamente las niñas recién nacidas se salvaron del exterminio. Mientras ellas crecian, los asesinos les decian y les repetian que servir a los hombres era su destino. Ellas lo creyeron. También lo creyeron sus hijas y las hijas de sus hijas.
Eduardo Galeano, Mujeres
Asi era la vida entre los indios onas y los yaganes en la Tierra del Fuego, hasta que un dia los hombres mataron a todas las mujeres y se pusieron las mascaras que las mujeres habian inventado para darles terror.
Solamente las niñas recién nacidas se salvaron del exterminio. Mientras ellas crecian, los asesinos les decian y les repetian que servir a los hombres era su destino. Ellas lo creyeron. También lo creyeron sus hijas y las hijas de sus hijas.
Eduardo Galeano, Mujeres
04/03/2008
02/03/2008
BOA SEMANA PARA TODO MUNDO ( ou quase)
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