Ha algum tempo atras li um texto muito interessante no programa da biblioteca onde o autor, que não lembro o nome, tentava explicar o que era para ele o significado da leitura.
Ele diz que ler, serve para ler. Nenhuma utilidade especial, nenhum sentido especial.
Me lembro muito bem desta frase pois ja ouvi um bom milhão de vezes a mesma pergunta, ler tanto serve para que?
Ora, serve para não fazer essa pergunta idiota para nenhuma outra pessoa. Para ocupar meu tempo, para aprender coisas novas, e muitas vezes para encher a alma de alegria ou melancolia, e ai depende do livro.
Mas acima de tudo, acho que ler serve para ler mesmo.
Cada dia que passa me deparo com mais pessoas vazias, superficiais, que correm atras desesperadamente do ter e ja esqueceram faz tempo o ser ou pior ainda o sentir.
Um mundo extranho onde não vale o ocio que alimenta a alma, onde tudo que não se apresenta de forma clara e maniqueista é inutil.
Pois eu me nego a fazer parte desse mundo sem graça, não quero procurar sentido material em tudo o que faço e menos ainda quero ter que explicar porque faço o que faço.
Leio é por prazer mesmo, e so quem gosta pode entender.
(...)
Pero ya no te puedo hablar de esas cosas, digamos que todo se acabo y que yo ando por ahi vagando, dando vueltas, buscando el norte, el sur, si es que lo busco. Si es que lo busco. Pero si no los buscara, que es esto? Oh mi amor, te extraño, me doles en la piel, en la garganta, cada vez que respiro es como si el vacio me entrara en el pecho donde ya no estas.
in Rayuela, Julio Cortazar
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