10/11/2007

Sempre achei um pouco esnobe isso de dizer que se é cidadão do mundo, mas também nunca consegui encontrar uma expressão que a pudesse substituir.
Na verdade acho que ser cidadã ou cidadão do mundo é aquela facilidade inexplicavel de se sentir em casa em qualquer lugar. Poder dizer tranquilamente que nossa casa é aqui e agora, isso para mim é sublime e graças a todos os deuses é exatamente assim que me sinto. Claro que houveram exceções, lugares onde me maltrataram e não pude querer para mim, para minha casa, mas foram raros, quase inexistentes.
Não adianta viver fora do lugar onde nascemos se é para passar o tempo blasfemando o destino cruel ou pior ainda, ficar sentindo que se estaria melhor em outro lugar.
E não acho também que é um verdadeiro viajante, quem conhece as cidades pela metade, quem não sente o cheiro das pessoas, não escuta as vozes, não come o que elas comem.
Conheci gente que conhecia todos os lugares e não conhecia lugar nenhum. Eu preciso de tempo, tirar fotos em frente a monumentos não me interessa.
E a vida de verdade que me interessa e nada mais.

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