Quero voltar aqui ao post do 1 de dezembro. Relendo o que havia escrito achei que a segunda parte do texto ficou muito superficial e não passou exatamente a idéia que eu queria desenvolver.
Tenho um respeito sagrado pelo poder da palavra e não nego a quantidade de insultos discriminatorios e ofensivos que existem por ai, eu mesma ja fui alvo de alguns e sei que uma palavrinha no lugar errado pode destruir um cidadão, cristão ou herege.
Um bom exemplo é "extra-comunitaria". Quando vivia na Italia a expressão fazia parte do meu dia a dia.
Jornais, revistas, ambiente de trabalho, orgãos oficiais do poder, a população se dividia em europeus (entenda-se , cidadãos com plenos direitos) e extra-comunitarios (a escoria do mundo e sem direito algum a não ser o de se calar).
Ainda hoje tenho arrepios quando escuto a dita cuja.
No post anterior queria falar de expressões criadas e de uso comum que não têm necessariamente a função de discriminar um determinado grupo humano e so. Acho que a separação entre esses dois conceitos é feita por uma linha que so nos podemos estabelecer, de acordo com nossas proprias impressões do mundo.
Eu tenho as minhas, elas são longe de serem consideradas perfeitas mas denotam a forma como vivo com o meu proximo.
E quem me conhece sabe.